Sabe aquela coisa que, anos atrás, seria impensável? Que a sociedade jamais aceitaria? Pois é. Hoje ela já parece normal.
Seja um comportamento, uma política, uma narrativa…
Isso tem nome: Janela de Overton.
É assim que se muda uma sociedade: não na marra, mas no psicológico.

O que é a Janela de Overton?
É um conceito da ciência política que explica como ideias consideradas absurdas podem se tornar aceitáveis com o tempo — se forem empurradas da forma certa.
A janela representa o “espectro” de ideias que o público considera:
- Impensável
- Radicais
- Sensato
- Popular
- Política pública

A mágica está em mover essa janela devagar. Você não precisa mudar a sociedade inteira de uma vez. Basta expor, repetir e suavizar.
Com o tempo, o que era um absurdo se torna “debatível”, depois “tolerável”… até que um dia é lei.
Como essa janela é movida?
A técnica é simples, mas poderosa. Funciona assim:
- Apresente a ideia como algo bizarro ou cômico.
Coloque numa piada, num meme, num personagem excêntrico. - Repita até cansar.
Vá mostrando em novelas, filmes, reality shows, músicas. “Só entretenimento”, né? - Crie narrativas de empatia.
Use emoção, histórias de superação, injustiças fictícias ou reais. Ninguém resiste a uma boa narrativa. - Quem questiona é atacado.
Rotule como ignorante, intolerante, retrógrado. A maioria vai preferir ficar em silêncio do que ser “cancelada”. - Mude o vocabulário.
Mude palavras, crie novos termos, suavize significados. O novo vocabulário vira a nova verdade.
Resultado? A Janela de Overton se deslocou.
E ninguém percebeu nem mesmo que ela estava se movendo.
Isso acontece com frequência na mídia
A mídia é o principal motor dessa mudança.
É ela que molda o que “todo mundo pensa”. É ali que as ideias começam como “ficção”, depois viram “opinião” até se tornarem norma.
Quer um exemplo?
Temas como:
- Censura “do bem”
- Controle de comportamento com base em dados
- Crianças sendo doutrinadas sem que os pais percebam
- Reescrita da história em nome da inclusão
- Crise constante como desculpa pra perda de liberdade
Todos esses temas foram introduzidos aos poucos.
Primeiro como exageros. Depois como tendências. Agora como soluções.
Exemplo real e prático:
Fumar em lugares fechados.
Antes era normal.
Depois começou o debate.
Apareceram campanhas, filmes com personagens que morriam de câncer, leis novas…
Hoje é impensável alguém acender um cigarro dentro de um restaurante.
A janela se moveu do normal pro inaceitável.
Mas o movimento também acontece no caminho oposto.
Funciona em qualquer direção
E aqui tá o detalhe que quase ninguém percebe:
A Janela de Overton não tem lado político fixo.
Ela pode ser usada pra empurrar valores conservadores ou progressistas.
Pode ser usada por governos, ONGs, mídia, empresas.
Nos dias atuais, a Janela de Overton tem sido amplamente usada pela esquerda — especialmente pelos setores mais radicais — como uma forma de mascarar o mal e torná-lo palatável.
Eles não chegam impondo de cara; primeiro suavizam, romantizam, “lacram”. Depois que a ideia já parece bonitinha, cheia de boas intenções, ela vira política pública.
É um método sutil, mas extremamente eficaz de normalizar comportamentos, agendas e ideologias que antes a maioria da sociedade rejeitaria.
É manipulação travestida de progresso.
O ponto é:
Quem domina os meios de comunicação, domina a janela.
E é por isso mesmo que você verá grandes “influencers” promovendo a mais nova sensação no Brasil. As casas de apostas, mais conhecidas pelo público brasileiro pelo nome em inglês “bets”.
Ligando os pontos: Overton + Programação Preditiva
Sabe a Programação Preditiva, que te falei antes?
Ela é o instrumento perfeito pra mover a Janela de Overton sem levantar suspeita.
Você planta a ideia como “ficção”, “arte”, “exagero”. O inconsciente absorve.
E a janela já começa a se mover. Você nem viu — mas já aceitou.
A Janela de Overton é o GPS da engenharia social.
É por onde eles guiam sua mente, sem você perceber que está sendo guiado.
Hoje você acha absurdo.
Amanhã você ri.
Depois você ouve um especialista defendendo.
Semana que vem já é normal.
E no mês que vem quem for contra, será visto como um radical, fundamentalista ou extremista.
Se você não percebe o movimento da janela,
você é empurrado por ela.
Até breve,
K.
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